Neoenergia
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O efetivo combate à corrupção no meio corporativo começa com a publicação de compromissos, como os avaliados na pesquisa TRAC. Mas este é só o primeiro passo. Para que se tornem reais, os compromissos devem ser vividos pelas empresas. E a sociedade deve se manter atenta e monitorar o setor privado. A edição de 2017 da série Barômetro da Corrupção, publicada pela Transparência Internacional, mostra que 83% dos brasileiros atribuem ao indivíduo o poder de fazer a diferença. É a taxa mais alta entre 78 países. Todos nós temos o papel de checar a conduta ética das empresas. Mais do que isso: temos o dever de cobrar que suas promessas sejam levadas adiante.
O compromisso escrito precisa virar prática – e é papel de todos cobrar. #NãoPodeFicarNoPapel
Para que a sociedade possa reivindicar de maneira efetiva o setor corporativo, a Transparência Internacional põe à disposição uma plataforma de comunicação, na qual todos podem se envolver (acesse clicando no botão abaixo).
Por meio dela, você acessa os canais de denúncia das empresas pesquisadas e pode cobrar que medidas sejam tomadas se você suspeita de alguma ação inadequada do setor privado.
Foram escolhidas as 100 maiores empresas e os 10 maiores bancos brasileiros a partir de um ranking Valor 1000 publicado pelo jornal Valor Econômico. O relatório avaliou como essas companhias divulgam informações três dimensões: programas anticorrupção, estrutura organizacional e dados financeiros sobre a atuação em outras nações.
As 110 empresas analisadas foram separadas em dois grupos: Índice Geral (que levou em conta as duas primeiras dimensões) e Índice de Multinacionais Brasileiras (que considerou as três). Só 53 grandes empresas atuam no exterior e foram agrupadas no último índice.
Apesar de algumas companhias se esforçarem para se adequar aos padrões internacionais de transparência, a grande maioria teve um desempenho ruim na adoção de programas anticorrupção e na divulgação da sua estrutura organizacional: em uma escala de 0 a 10, a nota do conjunto no Índice Geral foi de 5,7.
No Índice de Multinacionais Brasileiras, a nota foi ainda pior: 4,5. Esse baixo desempenho está diretamente relacionado à divulgação de relatórios por país de operação. Das 53 empresas neste escopo, 41 receberam nota 0, pois não divulgam informações básicas sobre sua atuação fora do Brasil. “A publicação destas informações possibilita à sociedade a verificação de propensão de empresas em atuar em jurisdições que são notórias por terem histórico de corrupção ou inclinação à serem usadas para lavagem de dinheiro”, exemplifica Claudia Sanen, consultora da Transparência Internacional Brasil.
O relatório também trouxe um resultado que, inevitavelmente, salta aos olhos: as empresas investigadas ou condenadas em escândalos de corrupção alcançaram notas relativamente boas. São os casos da Petrobras, da JBS e da Odebrecht, para citar as mais emblemáticas. Uma explicação é que, na tentativa de reverter seus prejuízos financeiros e de imagem, elas têm investido fortemente em compliance (conformidade com leis e regulamentos).
“É um fenômeno comum internacionalmente. Empresas que passaram por crises reputacionais, em geral, respondem com transformações em suas divulgações anticorrupção. Muitas hoje são até referências em programas anticorrupção”, explica Bruno Brandão, representante da Transparência Internacional no Brasil. “O esforço destas empresas deve ser reconhecido, mas não podemos desconsiderar que, por décadas, elas operaram de maneira corrupta. Portanto, estas transformações devem ser acompanhadas muito de perto pelo mercado e pela sociedade, cobrando que efetivamente se submetam a estes novos padrões”.
A ligação de gigantes em grandes esquemas de corrupção, expostos por operações como a Lava Jato e a Zelotes, aumentou a pressão da sociedade. Ficou claro que muitos grupos empresariais brasileiros se envolveram em superfaturamentos, contribuições eleitorais ilícitas e propinas em troca de contratos bilionários. Ficou evidente, também, que a corrupção corporativa prejudica o avanço da infraestrutura e a livre competição, inviabiliza empresas éticas e lesa os cidadãos.
Por isso, o mundo corporativo não pode mais fazer de conta que a corrupção é um problema apenas de governos e estatais. Ele precisa mostrar que possui políticas anticorrupção, expor com transparência suas estruturas e prestar contas sobre o que faz nos países onde atua. Quando se mostram transparentes, empresas assumem um compromisso público: de que qualquer indivíduo terá elementos para fiscalizar suas ações.
Além de assumir compromissos públicos, é fundamental implementar o que foi prometido, começando por garantir autonomia e recursos para áreas de compliance.
A prevenção e o combate à corrupção precisam envolver todas as pessoas que falam ou trabalham em nome de uma empresa. Isso requer treinamentos regulares sobre o tema.
Um dos procedimentos que as empresas fazem com mais eficiência é medir resultados a partir de indicadores e metas. Os programas anticorrupção também têm de se inserir nessa lógica.
Companhias ainda tendem a restringir a divulgação de informações corporativas para públicos especializados. A sociedade civil na maioria das vezes fica de fora do radar empresarial.
Não se trata de ser ou não ser obrigado. Trata-se de ser transparente, expor-se ao crivo do consumidor – que, de acordo com várias pesquisas, valoriza tal comportamento.
O ideal é que as empresas tratem seus dados do mesmo modo como levam o produto para o cliente. Comunicar com transparência implica fazer-se entender.
A disseminação da transparência traz ganhos para todo o ambiente de negócios de um país. Nesse sentido, é preciso incentivar as empresas a adotarem programas anticorrupção.
A Bolsa de Valores possui um nicho de ações do qual só fazem parte grupos com altos níveis de governança e transparência, o Novo Mercado. Mas é preciso evoluir nessas exigências.
É preciso implantar bancos online, mantendo-os abertos à pesquisa de qualquer cidadão, e utilizar formatos de documentos que facilitem a busca e o cruzamento de dados.
Deve-se exigir que as empresas se posicionem claramente sobre programas anticorrupção. Sem tais informações, a vulnerabilidade diante de riscos que possam afetar ganhos aumenta.
A lógica desta pesquisa é promover a transparência e incentivar que as companhias sejam vigiadas. Mas o raciocínio só fecha se houver organizações sociais, de fato, vigiando.
Saber o que determinada empresa faz, quanto investe e quanto paga de impostos é crucial. Deve-se cobrar das corporações que publiquem dados sobre sua atuação em nível local.
Denúncias isoladas produzem efeitos tímidos e abrem espaço para represálias. Confederações, associações, fóruns e sindicatos, por outro lado, têm mais capilaridade e representatividade.
O relatório coletou informações públicas disponíveis nos websites corporativos e em links neles embutidos. Os pesquisadores buscaram responder a um questionário com 26 itens sobre as três dimensões avaliadas. Cada dimensão teve peso equivalente na nota final.
O levantamento começou em julho de 2017. Os resultados foram revisados em setembro e compartilhados com todas companhias, que puderam comentar, questionar e sugerir ajustes antes do cálculo das pontuações finais.
Embora a metodologia adotada tenha sido semelhante à de outras edições da série TRAC, os critérios foram evoluindo com o tempo. Por isso, deve-se ter cautela ao comparar notas de empresas com as delas próprias ou com as de suas concorrentes em pesquisas anteriores.
Acesse a metodologia completa da pesquisa no relatório.
Por muito tempo, grandes empresas levaram em conta somente seu desempenho financeiro e monopolizaram o discurso sobre si próprias. Mas o avanço das tecnologias pôs em jogo outras narrativas. Qualquer um que se comunique em uma rede social, por exemplo, é uma fonte de opinião. O que ele compartilha pode atingir milhares ou até milhões de pessoas.
No contexto histórico em que estamos inseridos, ser transparente não é só cumprir determinações legais e divulgar dados para investidores. Os milhares ou milhões de interlocutores das redes sociais, virtuais ou reais, também precisam ser atendidos.
A sociedade civil já deu inúmeros sinais de que este tema faz parte da sua agenda. Sete em cada dez brasileiros têm medo dos efeitos da corrupção, como mostra a pesquisa Trust Barometer 2017, da agência Edelman Brasil. As empresas investigadas na Lava Jato são bons exemplos do estrago reputacional e financeiro provocado pelo envolvimento nesse tipo de crime. Estima-se que as construtoras citadas na operação demitiram mais de 300 mil pessoas – em sua imensa maioria, funcionários sem nenhuma relação com os atos ilícitos.
O combate à corrupção está na pauta global. Agir de maneira proativa é condição básica para ser uma empresa competitiva e para ter credibilidade perante todos os seus públicos. Vivemos um momento de ajuste, que deve abrir caminho para uma nova fase de desenvolvimento econômico mais sustentável, na qual transparência e ética são grandes diferenciais.
A Transparência Internacional Brasil faz parte de um movimento global com um mesmo propósito: construir um mundo em que governos, empresas e o cotidiano das pessoas estejam livres da corrupção.
O capítulo integra a Transparência Internacional –
a principal organização dedicada à luta contra a corrupção no mundo, com mais de 20 anos de atuação e presença em mais de 100 países.
A Transparência Internacional Brasil atua no apoio e articulação de grupos locais de combate à corrupção, produção de conhecimento, assessoria a empresas e governos sobre as melhores práticas globais de transparência e integridade, entre outras atividades.
A presença internacional do movimento permite defender iniciativas e legislações contra a corrupção e que governos e empresas efetivamente se submetam a elas. Sua rede também significa colaboração e inovação, o que lhe dá condições privilegiadas para desenvolver e testar novas soluções anticorrupção.